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"Para que todos sejam um..." Jo 17:21


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Para que todos sejam Um

 

Não posso me calar

Ha um so corpo e um so Espirito,como tambem fostes chamados emuma so esperança da vossa vocaçao;um so Senhor, uma so fé, um so batismo;um so Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos.


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Lembranças do Reitor

Comunidade no Orkut:

"Eu conheci o Pr Nery"

 

ChorãoDedicamos esta pagina, ao saudoso e

Amado Pastor e Reitor Francisco Nery.

Um pouco do material que nos restou,   

deixaremos aqui a sua disposiçao,          

Estudos e matérias de Teologia.            

Sejam bem-vindos as:                            

 Lembranças do Reitor!                          

Teologia Pastoral

 

 

O Ministério do Novo Testamento

 

            O Novo Testamento apresenta um ministério ungido com o Espírito Santo e qualificado com os dons espirituais (Atos 1.8; I Cor. 12.8-10,28; I Cor. 2.13). É preciso conhecer os princípios do Novo Testamento e segui-los em vez da letra somente (II Cor. 3.6). Examine Mateus 10.9-15; I Cor. 9.19-22.

            Em Efésios 4.8,11 o apóstolo Paulo diz que: “... Ele deu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres”. Assim o Novo Testamento define os cinco ministérios principais na Igreja. Vejamos cada um deles:

           

Apóstolo significa: enviado, mensageiro (Heb. 3.1; Jo 20.21).

 

Os sinais dos apóstolos: (II Cor. 12.12). Uma verdadeira experiência e encontro com Jesus (I Cor. 9.1; Atos 1.22). Uma chamada de Cristo (Atos 13.2) Uma revelação especial de Cristo (I Cor. 11.23; Gal. 1.11-13).

 

A obra dum apóstolo: Colocar o fundamento (I Cor. 3.10; Ef. 2.20; Apoc. 21.14). Possuidor de muitos dons. Estabelecer igrejas (Atos 14.21-23; 15.41; 16.5; Fil. 1.1). A capacidade para presidir (I Cor. 12.28, 9.2).

 

Temos apóstolos atualmente ?

No sentido dos doze apóstolos, não (Ap. 21.14; I Cor. 9.1; Atos 1.22). Ainda que o apóstolo Paulo não andou com Jesus aqui na terra, ele encontrou-O duma maneira especial (Atos 9.5). Uma revelação igual não é de se esperar agora. Seu encontro com Jesus no caminho de Damasco tipifica o encontro do povo de Israel com seu Messias (I Cor. 15.8,9).

Num sentido geral, sim, existem apóstolos hoje. Havia outros apóstolos, além dos doze (Atos 14.14; Gal. 1.19). Barnabé, Tiago, irmão de Jesus. Deus deu o ministério apostólico à Igreja (I Cor. 12.28; Ef. 4.11). As obras dum apóstolo (I Cor. 9.1.2) Lutero Knox, Fox, Wesley, Carey, Hudson Taylor e outros grande homens, fundadores de grandes trabalhos do Evangelho, podem ser considerados profetas.

 

Profeta

 

Existe não pouca confusão acerca do profeta. Alguns acham que profetizar é igual a pregar; outros pensam que profetizar é revelar acontecimentos futuros. Profetizar é falar impulsionado por uma inspiração especial (I Cor. 14.30). Falar inspirado pelo Espírito de Deus.

É preciso distinguir entre o dom de profecia e o ministério de profeta. (Ef. 4.11; I Cor. 12.10). O dom da profecia é distribuído de um modo geral para toda a igreja. “Todos podereis profetizar...” (I Cor. 14.31). O ministério de profeta é para alguns a quem Deus chama de modo especial. (Ef. 4.11).

O profeta do Novo Testamento é diferente do profeta do Velho Testamento em que a Palavra de Deus vem para ele, e não saindo dele (I Cor. 14.36). Os profetas do Antigo Testamento receberam a Palavra de Deus por Inspiração e os profetas do Novo Testamento explicam e iluminam a Palavra pela inspiração.

Evangelista

 

O mensageiro de Boas Novas (Atos 21.8; 8.4-8; Ef. 4.11; II Tim. 4.5).

 

O ministério do Evangelista: Despertar o pecador, apelando poderosamente às emoções e através destas à sua vontade. Pregar a salvação em Jesus ( Atos 8.4-8; 32.35; I Cor. 9. 16).

 

As credenciais do Evangelista: (Atos 8.6; Marcos 16.15-17).

 

O Alvo do Evangelista: Conversão (Atos 8.4-8, 32.38). O Evangelista necessita do auxílio dos outros ministérios, como apóstolo, pastor ou mestre. (Atos 8.14-26)

 

Pastor

 

O exemplo perfeito é Jesus: (Jo 10.1-18; Salmo 23).

As igrejas do Novo Testamento tiveram anciãos ou presbíteros ( no grego: “episkopos”, bispos), designados ou consagrados para cuidar e apascentar a Igreja. (Atos 20.17, 28). Estes foram eleitos ( no grego: “designar pela mão estendida”), pelos apóstolos. (Atos 14.23; Tito 1.5).

 

As qualificações destes presbíteros: (I Tim. 3.1-7; Tito 1.7-9; Jo. 21.15-17).

Um destes presbíteros foi escolhido e reconhecido como Pastor (I Tim. 5.17). Os presbíteros “que cumprem bem, etc.”, no original é: “que presidem ou governam. (Apoc. 2.1; Heb. 13.7,17,24; Ef. 4.11; Rom. 12.8).

 

O trabalho do Pastor: Salmo 23.1-3; Ped. 5.1-4. O Senhor que é o Sumo Pastor (I Ped. 5.4), apresenta o Seu rebanho por intermédio dos seus pastores.

Apascentar (Sal. 23.2); Refrescar (Sal. 23.2)

Aconselhar (Sal. 23.3); Disciplinar (Sal. 23.3)

Tosquiar (Mat. 3.10; II Cor. 8.9).

Exemplos de Pastores: Tiago (At. 15.13); Barnabé (Atos 11.22-26); Paulo (I Cor. 4.14,15); Samuel (I Sam. 12.23).

 

Mestre

 

Presbíteros com o dom do ensino: (Rom. 12.7; I Cor. 12.28; Ef. 4.11; I Ped. 5.2; I Tim. 3.2).

O ministério do Mestre é de ajudar (Atos 18.27); Regar (I Cor. 3.8); Edificar (I Cor. 3.6-10); Alimentar (I Ped. 5.2); I Ped 2.1-2; I Cor. 3.1-2); Iluminar (Sal. 119.105, 33, 34; II Ped 1.19). Um ensino lógico e sistemático, mas inspirado (João 7.38). Os Mestres devem guardar-se do perigo do orgulho e soberba, reconhecendo o que Deus tem revelado a outros (Ef. 3.18; I Cor. 13.9; Atos 18.24-26).

 

Outros Ministérios do Novo Testamento

 

Auxiliares (I Cor. 12.28; Rom. 126-8). Priscila e Áqüila (Rom. 16.3).

Diáconos (Atos 6.1-6; I Tim. 3.8-13; Rom 12.7).

 

O Ministério Evangélico

 

A chamada do Ministro. A questão fundamental na vida do ministro é saber se ele foi realmente chamado por Deus. Se ele não foi vocacionado por Deus para pregar o Evangelho, deve desistir do trabalho de Deus. (Ef. 4.11; Apoc. 1.20; Dan. 12.3). A vocação do pregador é mais alta e importante do que a vocação do comerciante, médico, engenheiro ou qualquer outro, em virtude dos valores eternos com o s quais ele trata. Ele trabalha com a alma eterna dos homens e a sua obra determinará a eternidade de muitos seres humanos (II Cor. 2.15, 16).

 

Os dois aspectos da chamada:

 

Chamada Universal – Há um sentido em que todos os crentes são chamados para pregar o Evangelho. Em I Coríntios 12.13 somos lembrados de que, por um Espírito, todos fomos batizados em um corpo, tendo bebido todos do mesmo Espírito. Sabemos muito bem que a vida e a natureza de Jesus Cristo, a cabeça da Igreja, se caracterizam pelo amor às almas perdidas e por um intenso espírito de evangelismo (Lucas 19.10). Se nosso Senhor como cabeça da Igreja derrama Sua vida pelos perdidos e continuamente busca salvá-los, obviamente o corpo que participa da mesma vida e natureza da cabeça visará a salvação dos perdidos. (I Cor. 12.13; Rom. 12.15; João 15.4,5; Mat. 28. 19,20).

 

A Chamada Específica – Dissemos que, em certo sentido, todos os crentes são chamados para pregar o Evangelho. Todavia, existe para alguns uma chamada mais específica para pregar. Certas pessoas têm sido escolhidas por Deus para servir de modo definido e marcante, como propagadores da fé. São aqueles que Deus deseja que dediquem tempo integral ao trabalho do Evangelho. (Rom. 10.15; Jo. 1.35-51; Mat. 4.19; I Reis 19.16; Isa 6.1-9; I Cor. 9.16)

 

A Preparação do Ministro

 

O Novo Nascimento: É a primeira condição para que alguém seja um pregador. Ninguém pode falar de uma coisa que ainda, ele mesmo, não experimentou. Jesus disse para Nicodemos: “Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”. (Jo. 3.3). O homem natural jamais compreenderá as coisas de Deus, pelo que é absolutamente necessário que ao homem seja concedida a mente de Cristo, o qual confere o entendimento espiritual (I Cor. 2.14-16). O Senhor aborrece com o indivíduo desobediente. (Salmos 50.16,17)

 

O Batismo no Espírito Santo: Subseqüente à experiência do novo nascimento existe, para cada crente, o batismo no Espírito Santo (Atos 2.38,39). Ora, se fica provado que há o batismo no Espírito Santo para todos os crentes e como experiência prática dos primeiros cristãos, como bênção adicional, ninguém poderia assumir a posição de líder , mestre e exemplo para santos, a menos que já tenha recebido o batismo no Espírito.  Os apóstolos foram ordenados a não dar um único passo na execução divina comissão dada pelo Senhor, enquanto não tivessem o revestimento espiritual necessário, a saber, o batismo no espírito Santo (Lucas 24.47-49; Atos 1.5-8).

 

A Escola da Experiência: Não se deve pensar que o batismo no Espírito Santo é sinal de perfeição espiritual. Após esta experiência é necessária uma vida de íntima comunhão com Deus. É preciso saber andar com Deus, tal como Abraão (Gen. 17.1). O ministro para eficazmente cumprir seu ministério deve passar pela transformação de caráter e aprofundamento nas experiências da vida íntima com Cristo. O ministro deve conhecer aquilo que irá ensinar. Faz parte da tarefa do pastor conduzir seu povo pela mão, a fim de guiá-lo através das experiências quando tomado de perplexidade e confusão. Mas o ministro estará totalmente despreparado para tal função a menos que já tenha passado por experiências semelhantes. É preciso que o indivíduo seja moído no moinho, a fim de que seja feito pão para os outros. O andar na fé, por exemplo, é algo que ninguém pode compreender a menos que aprenda a fazê-lo pessoalmente.

 

Consagração: Essas experiências pessoais, que devem envolver a vida do futuro pastor, também incluem consagrações que atingem a própria alma. Sem uma consagração total ninguém está apto a servir a Deus eficazmente. Todas as áreas de nossa vida precisam ficar sob o controle de Deus. Deus chamará nossa atenção, quando ver que há alguma coisa a nos separar dele, mesmo que sejam coisas lícitas, mas das quais Ele deseja que abramos mão. (Mateus 10.37; Lucas 14.26, 27, 33). Abraão foi levado a sacrificar seu próprio filho amado sobre o qual concentravam-se as promessas de Deus. Deus pode, talvez, exigir que renunciemos algumas coisas boas e legítimas da vida – coisas que normalmente poderíamos conservar e desfrutar.

 

Período de Treinamento: Deus procurou um homem para liderar espiritual e administrativamente o povo de Israel. Ao escolher Moisés, Deus não apenas escolheu um homem preparado em toda a ciência egípcia, mas também um homem que esperou em Deus num longo período de humilhação no deserto, até que, quando estava amadurecido, Deus o chamou. ( Atos 7,22; 7.29, 30 ). Ele passou na escola da experiência durante quarenta longos anos.

O apóstolo Paulo não foi produto do acaso. Foi antes o fruto de uma preparação deliberada de Deus. Após a sua conversão no caminho de Damasco, foi para o deserto da Arábia onde ficou durante três anos, e depois voltou a Damasco por um período de três anos. Houve um breve contacto com os apóstolos e a Igreja de Jerusalém; mas em seguida retirou-se novamente para Tarso, sua cidade natal, a fim de esperar em Deus e amadurecer em sua própria experiência pessoal. O Deus que faz amadurecer frágeis plantas em poucas semanas e gigantescas árvores em longos anos, preferiu preparar essa “poderosa árvore” do cristianismo mediante longo período de crescimento e desenvolvimento cuidadosos.

 

Experiência preliminar: Quando alguém se apresenta numa firma para ocupar qualquer emprego, geralmente se lhe pergunta: “Qual a sua experiência nesse serviço?”. Nada substitui a experiência prática na realização de tarefas. O pastor precisa ter essa experiência preliminar para qualificar-se a um ministério eficaz. Na Bíblia temos o exemplo de Josué, que antes de assumir a liderança do povo de Israel, foi servidor de Moisés durante quarenta anos (Êxodo 24.13). Outro Exemplo é o de Eliseu, que servia a Elias, antes de ser seu sucessor (II Reis 3.11, II reis 2.1-13). Os discípulos de Jesus, antes de cumprirem o “Ide”, acompanharam o Mestre durante mais ou menos três anos.

 

A Preparação Intelectual: Embora o apóstolo Paulo não confiasse na sabedoria humana (I Cor. 2.13,14; II Cor. 2.1-4), ele todavia, possuía um bom preparo intelectual (Atos 22.3), e aconselhava Timóteo a estudar, a preparar-se intelectualmente (II Tim. 2.15; 3.14, 15; I Tim. 4.13). Jesus, embora não fosse preparado nos colégios dos fariseus, era bem instruído. Havia uma lei judaica, segundo o qual todos os filhos homens, deviam estudar numa escola pelo menos até aos doze anos, e deviam também aprender uma profissão. Os discípulos dão prova de preparo intelectual, embora elementar, nas suas pregações e Epístolas. Moisés e Daniel, tal como Paulo, eram bem preparados nas ciências de seus dias (Atos 7.22; Dan. 1.17).O pregador precisa conhecer bem a gramática para não cometer erros que venham comprometer o conceito que o povo faz do ministro do Evangelho. Além disso, ele precisa ler bons livros (II Tim. 4.13). Ele deve conhecer um pouco de história, ciência, geografia, etc. Todos esses conhecimentos lhe fornecerão meios para ilustrar as verdades divinas, tornando-as compreensíveis para o povo que o escuta.

Além disso, é necessário o estudo sistemático das Escrituras. O estudo das doutrinas fundamentais, dispensações, geografia bíblica, maneiras e costumes dos povos da Bíblia, estudo do Antigo e Novo Testamento, etc. Deve igualmente conhecer as matérias auxiliares na estudo da Bíblia, como por exemplo: Introdução Bíblica, Hermenêutica, Homilética. A história da Igreja também é de grande valia.

O pregador dever ser apto para ensinar (II Tim. 2.2). Sempre pronto a dar uma resposta àqueles que pedirem a razão da fé que há em nós (I Ped. 3. 15).

 

Qualificações Físicas: O corpo é o santuário de Deus e deve ser bem cuidado. (I Cor. 3.16,17).  Alimentação e bebida nas horas certas (I Tim. 5.23). Evitar exagero no comer, no trabalhar e em todo o modo de viver. O pregador precisa cuidar de sua voz, é por ela que se comunica as verdades eternas do Evangelho.

 

 

A posição do Ministro

 

1.         Em relação a Deus:

 

            É um homem de Deus (II Reis 4.7; I Tim. 6.11: II Cor. 5.20).

            É um cooperador de Deus (I Cor. 3.9). Cooperar significa trabalhar junto com Deus na Sua Obra.

            É um despenseiro ou administrador (I Cor. 4.1; Mat. 13.52; Luc. 16.1-8).

            Sacerdote (I Ped. 2.9).

            Guarda ou atalaia (Ezeq. 3.17; I Tim 4.16).

 

2.         Em relação à Igreja

 

            Servo (Mat. 23.10-12; João 13.13-17; I Cor. 9.19). O servo desempenha as tarefas normais numa casa de família e está sempre à disposição de seus membros.

 

Despenseiro da verdade (Mal. 2.4-7; At. 20.27,28). É responsabilidade do ministro alimentar a Igreja com a verdade, para que as ovelhas não desejem comer alimentos errados.

 

Ancião ou Pai (I Ped. 5.1).Deve haver o terno amor de pai para com os filhos. O pastor é como um pai amoroso no seio da família, que é a Igreja.

 

Mestre (I Cor. 12.28). O ensino se faz através das explicações pacientes, detalhadas e corretas das verdades de Deus, de modo compreensível pelo povo.

 

Exemplo (I Tim. 4.12; II Tim. 2.6). É uma posição muito delicada a de ser exemplo ou modelo. O ministro não deve apenas pregar ao povo como se deve viver, mas demonstrar isto com sua própria vida.

 

3.         Em relação ao mundo

 

Luz (Mat. 5.13-15; Fil. 2.15). O pastor deve ser como um farol, mostrando o porto aos perdidos.

 

Embaixador (II Cor. 5.20). Nossa cidadania é celestial. Mas somos mantidos neste mundo com um propósito definido: representar o governo celestial e transmitir suas mensagens ao país onde atualmente vivemos.

Cheiro de vida ou de morte ( II Cor. 2.15,16).

 

O Caráter do Ministro

 

Reputação é o que o povo pensa de nós. Caráter é aquilo que nós verdadeiramente somos. Estêvão era um homem de bom caráter, cheio do Espírito, graça, poder, sabedoria e coragem (Atos 6.3,8,10; 7.1).

 

 

1.         Qualidades Naturais:

 

            Sinceridade – Espinha dorsal do caráter (Jos. 24.14; I Cor. 5.8).

 

            Coragem – O pastor será pressionado, enfrentará oposições e lutas. Se lhe faltar coragem será vencido (Gal. 2.14; Tim. 5.20; At. 26.27). Exemplos de coragem: Elias, Moisés, João Batista, Paulo e Jesus.

 

Diligência – Não deve haver no ministro o menor sinal de preguiça; e cada parcela de suas energias deve ser dedicada à sua tarefa (Rom. 12.8,11; Prov. 22.29; Ef. 5.16).

 

Prudência – Um coração totalmente simples pode colocar-se em situações delicadas, por falta de sabedoria e até chegar a ser falsamente acusado. Prudência é a conformidade com as leis da conduta apropriada em todas as ocasiões (I Tes. 5.22; Rom. 14.16; I Cor. 9.22; Prov. 2.1-11).

 

 Cortesia – O toque gentil e o sorriso, bom como o refinamento culto de um cavalheiro cristão devem sempre caracterizar o homem de Deus (I Ped. 3.8; Rom. 2.10).

 

Honestidade – É a coerência de palavras e ações (I Tim. 6.6-10: Fil. 4.19; I Tim 3.2,7; Prov. 22.7).

 

Pontualidade – Já se disse que chegar tarde a um encontro marcado eqüivale a mentir e roubar o tempo da outra pessoa. A pontualidade é uma virtude.

 

Asseio – É necessário observar a pureza da mente e de linguagem quanto a higiene corporal.

 

2.         Qualidade Espirituais

 

            Amor – É a primeira de todas as qualificações. O amor tem dois sentidos: vertical, isto é, amor para com Deus; horizontal, isto é, amor para com os outros (Marcos 12.28-31; Gal. 5.14, 22).

           

– Desde o começo até o fim da vida cristã a fé é a chave capaz de abrir os tesouros de Deus. O ministérios precisa ter fé, para também inspirar fé aos seus ouvintes (Hebreus 11.1-40)

 

Santidade – Como pode uma pessoa pregar a santidade e levar outras pessoas à santidade se ela mesma não tiver uma vida santa ? ( Is. 52.11; Heb. 12.14; I Ped. 1.14-16).

 

Humildade – Humildade não quer dizer complexo de inferioridade. Humildade quer dizer, não querer parecer mais do que se é; é não se “inchar” quando elevado à alguma posição e não se sentir magoado ou ofendido quando se perder alguma posição. (Fil. 2.35; Jo. 13.1-17)

           

Mansidão – Um espírito irritável e antagônico não faz parte da vida de um ministro. Um temperamento controlado pelo Espírito Santo, que evita contendas, sim; é imprescindível ao homem de Deus (II Tim. 2.24; Ef. 4.15; 5.11; Mat. 5.5,9).

 

Paciência – As obras importantes não se realizam em pouco tempo (Tiago 5.7). Paciência para suportar os mais fracos, para ensinar os mais novos, para esperar a semente da Palavra geminar e crescer (Heb. 10.36; Gal. 4.19; I Tess. 5.14; Rom. 5.3).

 

Contentamento – Estar sempre alegre na fartura ou na necessidade sem reclamações, queixumes, sem maldizer, eis o retrato de um verdadeiro servo de Deus. (Fil. 4.4, 11-13; I Tim. 6.6)

 

O Comportamento do Ministro

 

1.         Na sua casa

 

Ter uma esposa dedicada é de grande proveito. Temos necessidade de orientação divina na escolha da companheira para toda a vida. João Wesley foi exemplo notório dos tremendos obstáculos que um homem terá que enfrentar se cometer um erro na escolha da esposa. (Prov. 18.22; Luc. 10.1; Ecl. 4.1-12).

Uma relação conjugal de paz e amor é essencial para espiritualidade e progresso. É da vontade de Deus que o pastor e esposa se conduzam no lar como padrão para todos os crentes (Tito 2.7). A igreja certamente notará como a família do pastor se porta e fará comentários a respeito (Ef. 5.25,33; I Cor. 7.1-5).

O sucesso do marido-pregador depende em grande parte do bom comportamento de sua esposa. A esposa do pastor pode verdadeiramente fazer ou desfazer o trabalho do marido. Ela está tão próxima dele, que tem condições de influenciá-lo do modo mais decisivo (I Tim. 3.11; I Ped. 4.15).

Governar bem a família é necessário para o sucesso na obra pastoral. Ver exemplos de Eli e Abraão (I Tim. 3.4; I Sam. 3.13; Gen. 18.17-19; Ef. 6.4).

Regras certas na família: altar familiar, culto doméstico, horas certas, higiene. Uma casa limpa e asseada, cheia de alegria e paz (I Tim. 3.4,5; Ecl. 3.1-5).

 

2.         Entre o povo:

 

Na rua, como embaixador ou representante de Cristo (II Cor. 5.20; Fil. 4.5). Visitando os crentes e incrédulos, com prudência. (Col 4.5,6). O visitar é de suma importância para o crescimento da Igreja. Deve-se visitar especialmente os enfermos, os que se ausentam dos cultos, bem como os desinteressados. Preferivelmente visitar os lares em companhia da esposa. A gentileza, o tato e as boas maneira devem sempre estar presentes na vida do ministro nas suas relações para com qualquer pessoa.

 

3.         No púlpito:

 

Aparência. Roupas simples e limpas. Estar barbeado. As roupas em ordem – a gravata colocada corretamente, a camisa devidamente abotoada, os sapatos limpos e engraxados. Os cabelos penteados.

 

A posição do corpo. Não se deve sentar escarrapachando-se na cadeira, nem ficar balançando esta. Ao levantar-se para pregar, deve fazê-lo com serenidade, deliberação e respeito. Não convém se escorar no púlpito.

 

Os gestos. De conformidade com as palavras. Não devem ser exagerados. Evitar imitações de outros pregadores. Quando estiver pregando não se deve manusear nervosamente qualquer objeto na mão, ou mexer com o lenço, abotoar e desabotoar o paletó, olhar a todo momento para o relógio. Estas coisas tiram a atenção do auditório para com o sermão.

 

A voz. Que as palavras soem em voz alta e suficientemente clara para serem entendidas por todos, mas ao mesmo tempo natural, sem artificialidade. Deve-se evitar a tonalidade artificial, de falsa unção e efeitos estudados. Esta artificialidade pode surgir, porque o diabo procura arruinar a eficácia da pregação do Evangelho. Deve-se evitar a gritaria sem sentido, só para impressionar. Evite-se também um tom baixo demais e monótono. Fazer pausas nas horas certas. Controlar  o volume e tom voz de acordo com o ambiente. O pregador deve cuidar da sua voz,, conservá-la para melhor pregar a mensagem divina.

 

Hábitos maus a evitar. Nada de dizer que não se preparou ou é incapaz. Isso diminui a expectativa em relação à mensagem. Se o pregador não se preparou, os ouvintes logo notarão isso sem que ele o diga. Evitar as repetições desnecessárias de coisas já ditas. Isso é sinal de falta de assunto. E quem não tem assunto não se deve levantar e pregar. Cuidado igualmente para não ficar dizendo a toda hora “Amém ou Aleluia”  só por costume. Procurar usar um português (língua portuguesa) mais correto possível. Evitar gírias ou brincadeiras desnecessárias.

 

Por fim, é bom observar o lema de um famoso pregador: “Levanta-te, fala e cala-te”. O pregador deve falar o necessário, dentro do tempo certo, e da hora certa. Devemos deixar o púlpito assim que concluirmos a mensagem que o Senhor nos entregou. Saiamos do caminho e deixemos Deus continuar sua obra de converter o coração do povo.

 

O ideal do Ministro

 

A vida mais abundante é o alvo e o ideal do ministro.

A compreensão do seu ministério e objetivo deste, é de suma importância ao ministro.

Ele não procura a verdade apenas para conhecê-la, mas para usá-la de modo prático, para produzir vida espiritual.

A Bíblia tem passado pelo fogo do cristianismo racionalista, mas nada sofreu com isso. O pregador não precisa defender a Bíblia, mas sim usá-la para produzir resultados nas vidas dos que o ouvem. A Bíblia se defende a si mesma.

O sermão tem importante função, mas deve ser instrumento nas mãos do pregador. Ele deve saber adaptar o sermão às circunstâncias, ao povo e ao lugar e momento em que prega.

Não há trabalho mais sublime que o de ministro. Somos os homens com que Deus conta para Se revelar nesta terra. Somos os profetas para esta geração. A nossa responsabilidade é imensa. Porém, Deus nunca decepcionou aquele que nEle confia e prega Sua Palavra com destemor.

 

A Organização da Igreja

 

Como dissemos no início do estudo, uma da figuras que o Novo Testamento usa para a Igreja é o corpo. Ora, uma das características principais num corpo é a organização. Isso em vista da diversidade de posição, função e capacidade dos diferentes membros. Se essa diversidade não for organizada, resultará uma confusão.

O propósito da organização da Igreja é tríplice. Em primeiro lugar, a Igreja precisa amoldar-se à natureza de Deus. Deus é um Deus de ordem. Sua criação funciona com precisão, cada coisa , no seu devido lugar. No princípio do livro de Gênesis lemos a história de um Deus organizando o caos primitivo. Como poderia a Igreja, que é o corpo de Cristo, ser desorganizada ?

Em segundo lugar, a organização visa a eficiência. Há muito tempo trabalho a fazer e o tempo é pouco. Se não houver uma perfeita coordenação na Igreja, perder-se-á muito tempo fazendo-se pouco trabalho.

Em terceiro lugar, a organização evita a má distribuição de atividades, assegura o controle, sem o que o pode ocorrer injustiça no seio da Igreja.

 

Os Membros da Igreja

 

1. Característica principal – A regeneração é a condição fundamental para alguém fazer parte da Igreja. Ela é uma associação de pessoas nascidas de novo. (I Cor. 3.11; Jo. 3.3; Mat. 18.3; I Cor. 3.12,13).

 

 2. Responsabilidade dos membros – A primeira é o serviço. Somos salvos para servir. Cada crente torna-se um servo de Cristo, trabalhando em prol do Evangelho. Na Igreja não há lugar para preguiçosos. (Luc. 19.1-26; At. 1.7,8). Segundo: dar bom testemunho. O crente não pode manchar a reputação da Igreja com má conduta. Ele é a Igreja. A sua vida será entendida como a vida da Igreja. Por isso precisa ter um viver irrepreensível, para que o nome da Igreja não desonrado. (Tito 2.1-15)

 

3. Rol de membros – O simples fato de se conseguir uma aglomeração de pessoas para prestar culto não significa que se esteja edificando uma Igreja. O primeiro passo com vistas a tornar a igreja local um organismo vivo é reconhecer um certo número de membros e fazer um arrolamento. Isso fará com que os crentes sintam-se como pertencendo a uma família. Facilita a disciplina e o trabalho do pastor. (AT. 5.13,14; 1.15; 2.41; 4.4)

 

O Governo da Igreja

 

1.Cristo, o Supremo Rei – A Igreja não pertence a nenhum homem. Ela pertence a Cristo. Ele é a cabeça da Igreja. Qualquer decisão que a Igreja quiser tomar, terá que para isso, buscar primeiro a vontade do Senhor em oração. (Jo. 15.5; Ef. 5.23,24).

 

2. O Pastor – Representante de Cristo na Igreja Local. É o “anjo da Igreja” ( Apoc. 2.1, etc. – ver as sete cartas às igrejas da Ásia). A ele compete orientar e apascentar o rebanho, segundo a vontade de Cristo.

 

3. Presbíteros – Às vezes chamados de pastores. (Ef. 4.11; Atos 20.28; I Tim. cap. 3) auxiliam o pastor na Igreja sede e também dirigindo congregações.

 

4. Diáconos – enquanto que a função dos presbíteros é mais de caráter espiritual, a dos diáconos, na Igreja, tem um aspecto mais material. (Atos 6.1-6; I Tim 3.8-13)

 

Departamento da Igreja

 

1. Escola Dominical – Entre todos os departamentos sobressai este, pela sua importância. Ela cuida do ensino sistemático para os membros e também cuida dos cordeirinhos do rebanho. A Escola Dominical devia ter a maior atenção do pastor da Igreja. É fundamental para a edificação dos crentes.

 

2. Culto das Crianças – Quem ganha uma pessoa adulta ganha uma alma; quem ganha uma criança  para Cristo, ganha uma alma e uma vida inteira para o serviço do Mestre. “Deixai vir a mim os pequeninos...”. As crianças não podem entender um culto para adultos. Elas ainda não têm a base suficiente para escutar e compreender uma mensagem no domingo à noite. É necessário, pois, realizar-se cultos especialmente para elas.

 

3. União de Mocidade – O pastor sábio incentiva que os jovens se desenvolvam nas atividades da Igreja. Aos jovens deve ser dado o privilégio de escolherem uma diretoria do trabalho da mocidade, de acordo com a orientação do pastor. Os jovens sentem uma necessidade natural de associação, e se a Igreja não lhes conceder essa oportunidade, irão buscar essa associação lá fora, no mundo.

 

4. União de Senhoras – As irmãs têm importante função no trabalho da Igreja. Podem formar Círculos de Oração, visitar os enfermos, trabalhar na Assistência Social, etc. Se houver na Igreja uma União de Senhoras o seu esforço será coordenado e canalizado para o bem do corpo de Cristo.

 

5. Departamento Musical – Não se pode imaginar uma Igreja, ou um culto sem música, “Na presença do Senhor há fartura de alegria”. “Quem está alegre, cante”. A Igreja precisa ter um Coro, um conjunto de instrumentos musicais, etc. Além dos crentes todos cantarem juntamente, a música especial enleva e edifica os que a ouvem.

 

6. Outros Departamentos podem ser criados, de acordo com as possibilidades da Igreja. Por exemplo: União de Homens, Departamento de Assistência Social, Departamento de Educação Religiosa e muitos outros.

 

 

Administração da Igreja.

 

1. Diretoria – Deve ser escolhido um vice-presidente, para que na ausência por qualquer motivo do pastor, aquele possa substituí-lo. O pastor é sempre o presidente da Igreja, quando esta for a sede de um campo. Além disso, necessitam-se de um secretário, tesoureiro e outros elementos capazes e de bom testemunho perante toda a Igreja, para auxiliarem o pastor na administração.

 

2. As Finanças da Igreja – Esta é uma questão muito séria. O inimigo pode valer-se deste ponto para lançar uma calúnia sobre o pastor. O tesoureiro, devidamente eleito, deve receber as ofertas e dízimos da Igreja, anotá-los cuidadosamente bem como as saídas para as despesas, e manter em dia um livro contábil. Deve haver na Igreja uma Comissão de Contas, para fiscalizar o movimento financeiro da Igreja, de modo que ninguém possa murmurar sobre o destino do dinheiro que entra.

 

3. Disciplina – Quanto àqueles que se desviam ou deixam de viver segundo o padrão bíblico, merecem uma atenção particular. O pastor, junto com presbítero, deve estudar cada caso cuidadosamente, procurando entrar em contato com a pessoa que está andando errada. Falar-lhe com amor sobre a situação e convidá-lo ao arrependimento. Se a pessoa não se emendar, é necessário que seja excluída, com a provação de toda a Igreja, em Assembléia Geral, dos membros. (Mat. 18.15.17; Gal. 6.1; II Tim. 2.25,26; II Tess 3.6,14,15; I Cor. 5.2, 13).

 

Os três fundamentos essenciais de uma forte igreja num país, são 1) Propagação própria (capacidade e iniciativa para estender a obra); 2) Governo próprio (o desenvolvimento de ministros dentre os membros capacitados para dirigir a igreja); 3) Sustento próprio (capacidade financeira para manter a obra e estendê-la). O governo próprio é vital, com reflexos em todos os setores da vida na Igreja. Portanto, devemos lançar esse fundamento desde o começo, numa igreja. Examinaremos primeiramente o governo próprio na esfera da igreja local.

Parece-nos sem razão instituir uma organização nacional ou regional da obra antes que haja igrejas locais organizadas. No primeiro século do cristianismo, as igrejas locais foram organizadas desde o princípio (Atos 6.1-6), porém levaram muitos anos até se instituírem numa organização capaz de unir igrejas locais. Por conseguinte, deduzimos que a organização de igrejas individuais é o primeiro passo, e o fundamento para o governo geral da igreja.

Devemos ter cuidado em não depreciarmos as igrejas locais, as quais representam uma verdadeira força na obra evangélica. Na medida em que tivemos igrejas locais ativas e bem organizadas, teremos uma obra forte; por outro lado, se não incorporarmos, devidamente os convertidos ainda que haja um número grande de crentes, jamais haverá uma igreja. O governo levantado na igreja local ajuda os crentes a reconhecerem suas responsabilidades. Quando aceitam a Jesus Cristo, despertam para uma nova relação com Deus. Quando se constituem em igrejas, os convertidos despertam  para um novo convívio com os crentes, membros e companheiros no corpo de Cristo. Este reconhecimento de responsabilidade dá, como resultado, unidade e zelo para a obra, atitudes indispensáveis para alcançar um espírito de sacrifício por parte dos congregados. O espírito de colaboração e sacrifício é igualmente essencial para o sustento da obra. Que passo daremos, então, para estabelecer uma igreja local ?

 

A Base da Comunhão na Igreja Local

 

Para formar uma igreja, é preciso que haja como base: COMUNHÃO E COOPERAÇÃO, isto é, que haja acordo entre os membros quanto às doutrinas, propósitos e métodos que se utilizarão para alcançar suas finalidades. O profeta pergunta: “Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo ?” (Amós 3.3). É impossível que os crentes andem juntos, unidos no entendimento e propósito sem ter algum conserto ou acordo entre si. Há aqueles grupos que desprezam e não querem estatutos e regimentos internos, não arrolam os membros, têm sua maneira de trabalhar, dispensando normas escritas. Eles sabem que têm autoridade na igreja e quais as regras gerais de procedimento. Alguns dizem que a Bíblia é seu regulamento e o Espírito Santo seu guia. Bem, isso desejamos todos. É preciso porém saber como interpretar a Bíblia e discernir se somos verdadeiramente guiados pelo Espírito Santo e não por caprichos e idéias errôneas. Há muitos que afirmam que a Bíblia é seu guia, porém, os ensinamentos e as práticas não o demonstram. Seria uma confusão desastrosa se seguíssemos cada idéia e crença de pessoas que professam o cristianismo sem adotarem uma norma pela a qual pudéssemos julgar pureza da doutrina ou prática.

Ao formar uma igreja, os convertidos devem ser instruídos na Palavra de Deus e na Vida Cristã de maneira a poderem chegar a um acordo e declarar com certeza: “Isto é que cremos, o que somos e pregamos”. Deve haver um acordo completo quanto às doutrinas fundamentais. O apóstolo Paulo exortou os coríntios: “Que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissenções; antes sejais unidos em um mesmo sentido e em um mesmo parecer” (I Coríntios 1:10). Os crentes têm de chegar a um acordo com respeito à doutrina para que todos falem “uma mesma coisa” e devem ter uma concepção uniforme quanto ao que constitui a conduta cristã para que todos sejam “unidos em um mesmo sentido e em um mesmo parecer”. Necessariamente têm de chegar ao mesmo parecer com respeito às doutrinas da salvação, do pecado, do castigo futuro, do segundo advento de Cristo, do sustento da igreja e várias outras doutrinas fundamentais. Têm de ser unidos em um mesmo parecer com respeito à atividade cristã quanto aos vícios do álcool e do fumo, como também quanto as diversões populares como o baile, o teatro, jogos, etc., para que a igreja possa manter seus testemunho limpo perante o mundo. Deve haver, também um entendimento com respeito às exigências da lei civil, quanto ao matrimônio, capaz de afetar a admissão de membros novos. Do mesmo modo, deve haver entendimento sobre a maneira de tratar com membros que caem em pecado e desonram o nome de Cristo e da Igreja. Jesus Cristo disse a seus discípulos: “Ide ensinais todas as nações... ensinando-as...” ( Mateus 28:19,20). Vemos pois, que se principia a edificação e a organização duma igreja tendo por base e ensinamento bíblico.

 

 

 

Os Membros

 

A seleção dos membros constituintes FUNDADORES de uma igreja e a adição subseqüente de novos membros é algo que merece uma vigilância esmerada e a oração fervorosa da parte do evangelista, do pastor e também de toda a igreja. Quando um evangelista está lutando para estabelecer uma igreja, é muito natural que deseje toda a ajuda possível. Muitas vezes acontece que há pessoas na vizinhança que já ouviram o Evangelho em outro lugar ou pode haver, também, pequenos grupos de membros de outras igrejas evangélicas que por um motivo ou outro não estão contentes com sua própria igreja e desejam juntar-se, num novo esforço. Motivado pelo desejo legítimo de conseguir toda a ajuda possível para sua obra, o obreiro pode ser tentado a aceitar imediatamente o auxílio que se lhe confere sem prévio exame dos supostos crentes. Em regra geral, fazer assim é semear o fracasso na sua igreja. Não somente compromete a ética cristã quanto ao modo de receber membros desgostosos de outras denominações, como também põe em dúvida a prudência do obreiro que lança, em bases duvidosas o fundamento da obra. É preferível que o obreiro tome tempo para cavar bem e edificar sobre a Rocha. Requererá, certamente, mais tempo, porém, o ministro terá gozo em ver a obra firme e resistente às intempéries.

Sem enfatizar as diferenças entre denominações evangélicas ou excluir da comunhão cristã verdadeiro filho de Deus, é mister reconhecer a necessidade de um acordo comum entre os membros de uma igreja quanto à doutrina e aos ideais que temos, para trabalhar com unanimidade e harmonia. Crentes procedentes de outros grupos devem ser examinados cuidadosamente a fim de descobrir se eles defendem doutrinas erradas. Admitir como membros pessoas com idéias errôneas com respeito as doutrinas fundamentais da Bíblia, dará como resultado o enfraquecimento da estrutura espiritual da igreja. Deve haver por exemplo, um entendimento bem definido acerca do sustento da igreja, pois é possível que não se sintam responsáveis quanto aos dízimos e achem que outros devem levar a carga financeira da obra. Possivelmente lhes falta idéias claras e maduras com respeito à norma de santidade que a igreja deve manter. Se tais crentes são recebidos como membros ativos da nova congregação, certamente o pastor terá um conflito mais tarde quando começar a ensinar aos novos convertidos, as normas e doutrinas bíblicas. Aí o pastor se encontrará em apuros, quando os membros que ele recebera apressadamente principiarem a solapar o trabalho e a opor-se aos ensinamentos. Como crente de maior experiência o membro contrariado pode exercer influência sobre os novos convertidos. Se lhes disser, por exemplo, que não é necessário dar dízimos, pode desfazer o trabalho do pastor nesse particular. Também não verá a necessidade de disciplinar um membro desviado que nunca foi doutrinado com respeito a esses aspectos na vida cristã. Assim, sem ser intolerante ou mesquinho, é necessário que o pastor selecione com cuidado as pedras do fundamento da futura igreja. Deve instituir os novos membros nas verdades essenciais para o desenvolvimento da igreja, e somente os que estão plenamente doutrinados poderão ser admitidos como membros. Claro que pode haver uma certa tolerância quanto às opiniões sobre pontos não fundamentais, porém, quando se tratar de doutrinas e práticas básicas da igreja, não podemos deixar de exigir acordo completo.

Quanto ao recebimento de pessoas como membros, nem o pastor ou evangelista deve tomar tão importante decisão sem  consultar os demais. O pastor não é dono da igreja e a decisão com respeito aos que serão recebidos não deve ser uma prerrogativa sua. Todos os crentes formam a igreja e portanto ela é de todos. Cabe aos membros colaborar no desenvolvimento do ambiente de solidariedade e na responsabilidade de aprovação no ingresso de novos membros. Quando uma igreja está sendo organizada, os convertidos podem ser examinados pelo pastor em cooperação com dois ou três dos membros mais espirituais e fiéis. Depois de organizar a igreja e eleitos seus dirigentes o dever de examinar os novos convertidos cabe ao pastor junto com aprovação da Igreja.

Havendo chegado a um acordo quanto à doutrina, os métodos de trabalho, e os objetivos da igreja, esta, composta dos membros cujos nomes aparecem no rol, principiará a fruir sua autonomia por meio de decisões e eleições. A igreja é autônoma em sua esfera local e pode resolver seus problemas, desde que não prejudique os direitos ou prerrogativas de uma co-irmã ou contrarie princípios aprovados por convenções Regionais ou Nacional. a igreja elege suas próprias autoridades (Atos 6:1,6), as quais, assim eleitas, são responsáveis primeiramente perante Deus e também perante a congregação.

 

Prerrogativas dos Funcionários

 

Já vimos que a igreja deve eleger seus próprios funcionários. Agora veremos a relação que deve existir entre: pastor, presbíteros, diáconos e membros.

O pastor de uma igreja ocupa um cargo importante às vezes difícil, no qual é posto por Deus como responsável pelo rebanho (I Pedro 5:1, 4), porém ao mesmo tempo é ministro para servir à igreja. Certamente é chamado por Deus e ao mesmo tempo escolhido pelo povo. Tem uma responsabilidade dupla. É claro que sua primeira responsabilidade é perante Deus, e se houver conflito entre o que ele considera como seu dever e o que o povo exige, então, como homem de Deus, tem que obedecer antes a Deus que aos homens. Contudo, é evidente que se o pastor não goza da aprovação e do apoio da congregação, não pode ministrar eficazmente. Uma ilustração desse princípio vê-se na vida de Moisés, chamado por Deus (Êxodo 3:10), porém tinha que ser recebido pelos israelitas antes de tornar-se seu dirigente espiritual (Êxodo 3:16, 4:29,31).

O Pastor é o líder espiritual da igreja e tem responsabilidade do bem estar dela (Hebreus 13:17). A ele cabe também dirigir a Diretoria e Presbitério a qual não se deve considerar com direito de agir independentemente do pastor, nem pode reunir-se secretamente para tratar de negócios da igreja sem o conhecimento dele.

Contudo, a autoridade do pastor tem certas limitações. Por isso o apóstolo Pedro admoesta os pastores que não devem considerar-se “como tendo domínio sobre herança de Deus”. O pastor é ministro e servo da igreja e um exemplo para os crentes. Embora a igreja eleja seus representantes oficiais para consultar com o pastor nos assuntos de interesse, este não deve defraudar a congregação passando por cima dos ditos representantes, sem lhes das a devida consideração. O pastor não tem o direito de aceitar membros, nem excluí-los a seu bel-prazer. Em outras palavras, o pastor não deve agir no espírito de ditador na direção da igreja, e sim, estabelecer relações harmoniosas e de cooperação com os membros da igreja.

Ao pastor cabe tomar a iniciativa de manter o clima de harmonia geral. Deve convocar, mensalmente a Diretoria e o Presbitério para tratarem dos assuntos da igreja. Deve manter a ordem estabelecida na deliberações. Há certos assuntos que quase sempre requerem atenção, por exemplo, entrevistar os candidatos para o batismo nas águas, a disciplina dos membros, os deveres financeiros da igreja e outros. O pastor deve evitar o costume de tratar particularmente com um dos membros de mais influência ou prestígio, ao invés de reunir todos. Tal costume lhe causará sérias dificuldades.

Ainda quando tudo pareça seguir normalmente na igreja, o pastor não deve deixar de reunir a Diretoria e Presbitério. Muitas vezes os membros sabem de dificuldades que ele próprio desconhece. O pastor deve dar oportunidade a todos os oficiais da igreja para apresentarem os problemas e opinarem a respeito. As decisões não devem ser tomadas isoladamente pelo pastor nem por nenhum outro membro do corpo oficial, mas por votação. Reconhecemos que a decisão da maioria é que deve prevalecer, contudo, em qualquer assunto de maior gravidade, cabe ao pastor buscar uma decisão unânime por parte da junta oficial (Diretoria e Presbitério). Se descobre que os membros da Diretoria não estão de acordo sobre algum ponto, o melhor é adiar a decisão, dando lugar a maiores estudos e oração e para buscar subsídios ao assunto discutido. Decisões impostas contra a vontade de uma minoria considerável, cria dificuldades ao governo da igreja.

Ainda que não haja qualquer assunto de gravidade a discutir, mesmo assim deve reunir-se a Diretoria para oração. Não há nada melhor para estabelecer a unidade entre os oficiais da igreja e seu pastor que se reunirem para discutir os problemas da igreja e orarem juntos, visando ao progresso da obra. Feliz o pastor que aprende bem esta lição e sabe trabalhar em harmonia com a Diretoria.

Quanto às eleições, é provável que especialmente nas primeiras eleições gerias da igreja, ele precise de certa direção e conselho. O presidente da reunião deve explicar à igreja as qualidades bíblicas para o posto de diácono (I Timóteo 3:8,13; Atos 6:1,6). Se se trata de novos crentes, um estudo bíblico sobre o assunto dado com antecipação, será de grande benefício. É bem sabido que uma igreja não madura na experiência cristã, poderá às vezes escolher alguém por motivos falsos, por simpatia pessoal, antes de o fazer por qualificações espirituais. Portanto, é aconselhável que haja uma comissão encarregada de apresentar candidatos, à qual o presidente pode explicar mais claramente as qualificações necessárias ao posto e fazer perguntas para saber acerca dos candidatos apontados. Portanto, sugere-se que a igreja eleja uma comissão encarregada de propor os candidatos à eleição. Devem-se indicar mais candidatos que o número necessário de funcionários a fim de facilitar a seleção. Também é proveitosos que o presidente juntamente com a comissão nomeada, explique a cada candidato os predicativos exigidos, para que cada um possa retirar seu nome, caso não se sinta capaz de cumpri-los. A mesma Diretoria não deve servir como comissão encarregada de propor candidatos, embora seja permanentes nos postos.

Certas igrejas têm estabelecido como regra que um membro da Diretoria não deve continuar no posto mais de três anos consecutivos, sem que os outros irmãos se desenvolvam no ministério e nas responsabilidades. 

 

 

Disciplina dos Membros

 

O alto privilégio da autonomia leva consigo certas responsabilidades sérias. A igreja local que procura governar-se segundo o modelo do Novo Testamento faz-se automaticamente responsável em manter a ordem e a norma bíblica. Sem dúvida, um dos aspectos difíceis do governo próprio é a disciplina dos membros. A Bíblia contém exortações com respeito ao assunto. (Vêde Mateus 18:15, 17; Gálatas 6:1; Romanos 16:17; I Coríntios 5:12; II Tes. 3:6; Tito 3:10,11)

É da responsabilidade de uma igreja exercer vigilância sobre o pastor e Presbítero. Quando se tem conhecimento que um membro tem deslustrado o bom testemunho da igreja por atos indignos, cabe ao pastor e Presbíteros investigar e tomar uma decisão em nome da igreja. É muito natural (e assim sucede com a maioria) não desejar encarar uma pessoa faltosa, pois nunca sabemos qualquer será a reação geral. Ocorre ainda que os membros da congregação podem ser influenciados desfavoravelmente. Por causa desse risco, muitos pastores se refugiam na oração certos de que será melhor confiar em Deus do que tratar do assunto. Acham melhor confiar em Deus do que tratar do assunto. Acham melhor manifestar um espírito amável do que agir com dureza contra aquele que pecou. Claro que a oração é importante, e muito necessária quando temos de tratar desses assuntos, porém a oração por si só não solucionará o problema que requer decisão e ação. Paulo orava em tais casos, mas fazia mais que isso. Orava e agia (I Coríntios 5). Não devemos ter outro sentimento senão o amor para com aqueles que não cumprem a vontade de Deus. Quando um pai corrige um filho, não mostra falta de amor, antes a correção é a prova de seu amor. Assim, na igreja não seria uma manifestação de zelo para com Deus nem para com a pessoa, deixá-la arruinar o bom nome a igreja e sua própria vida espiritual sem uma palavra de admoestação ou de correção, mais séria, conforme o caso. O pastor não é digno dessa alta vocação se deixa de cumprir um dever somente para ser agradável. Se passarmos por cima dessas coisas, o testemunho do Evangelho sofrerá dano. Os não convertido crerão que apesar de nossa pregação e nosso testemunho de santidade, fechamos os olhos ao pecado e em nada somos diferentes dos não salvos. Portanto, por amor à igreja, à alma do membro faltoso e por amor aos não convertidos que nos observam, é que devemos cumprir a nossa solene responsabilidade. Façamo-lo, porém, com oração e amor sejamos misericordiosos para que alcancemos misericórdia, porém quando os interesses do reino de Deus o exigem, não vacilemos.

Quando corre a notícia de que um membro da igreja tem caído em pecado, o pastor deve falar primeiramente com o acusado, e se não pode esclarecer o assunto, reuna o presbitério e proceda a uma investigação. (Veja-se Mateus 18:15,17). O acusado deve ser chamado á reunião. Se negar a culpa ser-lhe-á dada a oportunidade de provar a inocência e não será tido por culpado até que se encontre a evidência da culpa. Uma vez provada a culpa os presbitério tratará com ele segundo a gravidade do caso. Em faltas de menor conseqüências, se o acusado demonstrar espírito humilde e arrependimento, deve ser perdoado e aconselhado. Provavelmente em tais casos, não haverá a necessidade de disciplina mais séria. Se a falta foi tal que causou censura do mundo ao testemunho da igreja, como no caso de embriaguez ou imoralidade, então o culpado deve ser aconselhado e se demonstrar arrependimento sincero, dever ser perdoado; porém ao mesmo tempo o presbitério deve impor-lhe um período de disciplina em que o culpado dará provas de sinceridade, de arrependimento e se restabelecerá na confiança dos irmãos e dos não convertidos. Para alcançar o efeito devido, a decisão do presbítero deve ser anunciada para que a igreja saiba e ore por ele, ajudando-o a voltar à vida espiritual. Ao mesmo tempo, isto o fará reconhecer a gravidade da falta. Em tudo isto é mister que se manifeste o espírito de amor e misericórdia. O objetivo da disciplina não é castigar, mas antes restaurar a vida espiritual. Deus é o juiz de todos, porém a igreja é responsável em vigiar por seus próprios membros e o testemunho que dão (I Coríntios 5:12,13). Vê-se, pois, que os pastores e oficiais da igreja devem ser homens íntegros, caracterizados pela misericórdia, coragem e justiça. Devem ser imparciais sem favoritismos, mas sem tolerância com o pecado. A importância da disciplina para o crescimento e a estabilidade da igreja é o valor inestimável. Deus honrará a igreja que O honra e a Sua Palavra

 

A Decisão Final

 

Às vezes surgem circunstâncias nas quais o pastor e os membros da igreja não podem chegar a um acordo completo. O pastor e a Diretoria não chegam acordo sobre a melhor resolver um problema. Outras vezes uma boa parte dos membros não está de acordo com o pastor e presbitério. Em geral, quando o pastor alcança harmonia entre os membros da diretoria e do presbitério a igreja os segue. Porém isto requer tempo e paciência. Como já dissemos, é aconselhável evitar um passo precipitado e não insistir em adotar uma decisão quando as emoções estão agitadas. É melhor adiar a solução, dando lugar ao arrefecimento dos ânimos e a um julgamento mais são. Há pastores que às vezes insistem em seu próprio ponto de vista, dividindo a congregação, e causando sérias dificuldades as quais podiam ser evitadas com um pouco de paciência.

Se o pastor se dá conta de que não tem apoio das membros da Diretoria ou presbitério em determinado assunto e mesmo dando tempo para tratá-lo com paciência, o Presbitério e diretoria não chegam a uma conclusão, e se ele considera o caso como de importância e necessário ao bem estar geral, seu único recurso é apelar para a igreja. A decisão final em assuntos locais se tomará com a igreja. A decisão final em assuntos locais se tomará com a igreja reunida. Ainda nesta parte o pastor tem a grande responsabilidade de ensinar a igreja a conduzir-se de tal modo que tudo seja feito sob a direção suprema do Espírito Santo e conforme a Palavra de Deus.  De modo que, quando resultar um desacordo que não possa ser resolvido pela ação da Diretoria, ele leve o assunto à igreja em reunião convocada para esse fim e a questão será discutida e posta em votação. A decisão da maioria será decisiva nos assuntos locais.

 

                                                                                                   Pr. Francisco Nery (in memoria)